Setembro Amarelo: entenda as diferenças entre depressão e ansiedade e saiba como buscar o tratamento adequado

A saúde mental é um dos temas mais discutidos nos últimos anos e, entre os transtornos

mais comuns, a depressão e a ansiedade ocupam lugar de destaque. Apesar de muitas vezes aparecerem juntas, cada uma possui características próprias e exige estratégias específicas de cuidado. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), compreender as diferenças entre esses quadros e adotar intervenções adequadas é fundamental para reduzir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida.

 

A depressão é marcada por tristeza persistente, desânimo, perda de interesse em atividades antes prazerosas, baixa autoestima e fadiga constante. Pode comprometer algumas funções cognitivas, como atenção e memória, e afetar pessoas de todas as idades.

 

Já a ansiedade, embora seja uma reação natural do organismo a situações de pressão ou

ameaça, torna-se um transtorno quando é excessiva, constante e incapacitante. Nesses

casos, os sintomas incluem preocupações desproporcionais, tensão muscular, irritabilidade,

aceleração dos batimentos cardíacos e dificuldades para dormir.

 

Apesar de distintas, depressão e ansiedade podem coexistir em muitos pacientes, o que

torna o diagnóstico e o tratamento mais complexo. A diferenciação, portanto, é essencial:

 

enquanto a depressão compromete, principalmente, o humor e a motivação, a ansiedade

está ligada à antecipação de perigos e à ativação intensa do corpo e da mente.

 

De acordo com as diretrizes da ABP, os tratamentos para ambos os quadros incluem

medicamentos antidepressivos e psicoterapia, que desempenha um papel central ao ajudar

o paciente a desenvolver estratégias de enfrentamento e a promover maior adesão ao

processo terapêutico.

 

A entidade também reforça diretrizes específicas para o manejo da ideação e do

comportamento suicida, lembrando que tanto a depressão quanto a ansiedade, quando não

tratadas, podem aumentar esse risco. A prevenção envolve não apenas o acompanhamento

médico individual, mas também iniciativas comunitárias, familiares e escolares que

fortaleçam a resiliência emocional.

 

Medidas recomendadas para o cuidado com a saúde mental

 

  1. Não interrompa o tratamento sem orientação médica.
  2. Cultive hábitos saudáveis diariamente, como alimentação equilibrada, exercícios

físicos regulares, higiene do sono e atividades de relaxamento.

  1. Estabeleça uma rotina e preserve conexões sociais (mesmo virtualmente).
  2. Encontre tempo para atividades prazerosas, como leitura, música, filmes ou

brincadeiras.

  1. Fortaleça vínculos sociais com amigos, família e comunidade.
  2. Valorize a espiritualidade ou um sentido de conexão com valores maiores,

independentemente de religião.

  1. Leve a sério qualquer sinal de risco. Toda verbalização ou plano suicida deve ser

imediatamente encaminhado para atendimento especializado.

Fonte: ABP.